sexta-feira, 25 de março de 2016

Quando a comunhão se torna vergonha! Parte 1

Quando a comunhão se torna vergonha!
Parte 1
Características da nossa depravação





Texto Base: Gênesis 3:6-10


Introdução:
 O homem se perdeu de Deus totalmente, por conta do pecado o amor de muitos se esfriou, por isso nossa sociedade está doente e morrendo, trancados em suas casas. Qual a solução para isso?


A Comunhão perfeita
 A comunhão de Deus com Adão era especial, pois o homem era inocente, ou seja, sem pecado, a relação se dava de inocente para Deus, muito diferente de hoje no qual a relação é de pecador para Deus.


Diante de tão maravilhosa comunhão Deus vem a terra todos os dias na viração do dia conversar com Adão, deveria ser magnifico, sublime, confesso que me faltam palavras para tentar descrever como era essa comunhão.


Quando o sol começava a se por, Adão juntamente com a natureza sentia uma ansiedade ao esperar o Eterno tocar a terra, deveria ser um sentimento espetacular.


Porém teve um dia que Adão foi pego de surpresa, pois esqueceu os sinais de que a hora de Deus chegar se aproximava.



O pecado original
 Ao passear pelo jardim a mulher de Adão se depara com a mais astuta dos animais, a serpente, Satanás, então a serpente começa a questionar as leis de Deus dizendo que se ela comesse do fruto do pecado certamente não morreria e em meio aquele dialogo a  mulher escolhe o fruto do pecado.



Ela come e dá ao seu marido, ao chegar a tarde Deus chega ao jardim e não encontra o homem, e começa a procura-lo pelo jardim.




A comunhão se tornou vergonha!
 Aquela comunhão maravilhosa e esplendida de repente se transforma em medo, vergonha e fuga, Adão não consegue mais se sentir bem na presença do altíssimo, imagine o sentimento de Adão no momento em que ouviu a voz de Deus, pois bem é o mesmo sentimento que nós temos quando pecamos.



Características da nossa depravação
 Alguns sentimentos que Adão teve no momento da queda persegue a humanidade até os dias de hoje, vamos a eles.


Medo
Ouvi a sua voz soar no jardim e temi (...)”
O que Adão pensou no momento em que Deus apareceu no jardim? Talvez ele tenha perguntado. O que Deus vai fazer comigo? Ele prometeu que eu morreria se eu comesse do fruto!


O medo de Deus persegue muitos que não o conhecem, medo de relacionar-se com O Deus amoroso, medo de errar.


A relação de santidade diante de Deus não é mais pelo prazer de falar com Ele ou de sentir a sua santa e prazerosa presença, mas sim de medo, viver assim é terrível, pois é um sentimento típico da humanidade caída e depravada.


Vivemos em uma sociedade que vive com medo, assustada, apavorada, com várias doenças por conta disso, pois não conheceram o Deus de amor e o alívio da sua presença.



 Vergonha
Gênesis 3:10 “E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.”


Diante do pecado parece que você está exposto, nu, é o pior sentimento que o ser humano pode ter.


É como se você encontrasse alguém que você fez mal. E não queria vê-lo. “É Constrangimento total”.


Fuga
Gênesis 3:10 “E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me.”


Você começa a fugir de Deus, das coisas dEle, da igreja, do pastor, dos irmãos. Você quer mudar de cidade e é esse sentimento que gera o suicídio, a vontade de fugir de tudo, vontade de fugir de si.


Há pessoas que nunca mais “pisou em igreja nenhuma” pois estão fugindo de Deus.


Deus em busca do homem
 Deus quer relacionar-se com a humanidade novamente. Diante disso ele vem com o seu amor infinito atrás de cada um de nós, diante do medo ele diz não temas, diante da vergonha ele diz que tira a sua veste de vergonha e te cobre com a sua justiça e diante da fuga ele está atrás das ovelhas perdidas de Israel.


Conclusão:
 Deus poderia simplesmente nos abandonar e deixar a humanidade se autodestruir, e é o que faríamos se a graça não estivesse em nós, mas Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo não lhes imputando pecado.



Quem fugiu foi o homem quem se escondeu e se envergonhou foi o homem, mas Deus quer se reconciliar com essa humanidade podre e depravada.


Por Rafael Henrique

terça-feira, 22 de março de 2016

Não retroceda

Não retroceda



Texto Base João 21: 3-7:
“Pedro disse aos discípulos: Eu vou pescar! E eles disseram: Nós vamos contigo também. E saíram, entraram no barco, mas naquela noite nada apanharam. Mas ao amanhecer, Jesus apareceu na praia, porém não o reconheceram e Jesus lhes perguntou: Filhos, vocês tem alguma coisa para comer? E responderam: Não. Então Jesus disse: Lançai a rede a direita do barco e achareis. Assim fizeram, e já não podiam puxar a rede tamanha quantidade de peixes. O discípulo que Jesus amava disse a Pedro: É o Senhor! Ao ouvir isso, Pedro se vestiu, pois havia se despido e se lançou no mar.”



Introdução
Estamos vivendo tempos de instabilidade e incertezas quanto ao futuro da nossa nação e do nosso mundo, vemos crises econômicas, corrupção, imoralidade, violência, a natureza se revoltando, e todo esse ambiente externo está afetando as pessoas internamente, aumentando o estresse, a depressão, a ansiedade, o desânimo, a nível espiritual vemos a apostasia invadindo as igrejas por conta de lideres que estão mais envolvidos com este reino terreno do que com o reino de Deus, gerando cristãos enfraquecidos, frágeis, que a qualquer momento podem abandonar tudo, até mesmo os conhecedores da verdade, aqueles que deveriam estar mais fortes e direcionar os mais fracos, estão sofrendo em meio a tudo isso querendo desistir, mas tendo que aparentar que estão inabaláveis; esse era o contexto e a atmosfera que Pedro vivia com os discípulos no inicio do capítulo 21 do evangelho de João.



Chorando amargamente
Ao final do capítulo 20, claramente vemos o encerramento do evangelho segundo o apóstolo João, a maioria dos teólogos concorda que o último capítulo foi acrescentado posteriormente pelo próprio João ou algum de seus discípulos, devido à relevância dos fatos revelando a terceira aparição de Jesus ressurreto aos discípulos reunidos. Os discípulos tinham deixado tudo para seguir Jesus, passaram três anos ao lado de um homem extraordinário, vendo o poder de suas palavras, que curava enfermos, ressuscitava os mortos e até o mar lhe obedecia, mas tudo se tornou uma loucura naquela sexta feira onde ele morreu crucificado sem ao menos reagir. Eles passaram o sábado chorando (Mc 16:10). O mais arrasado era Pedro, que jurou morrer por Jesus (Jo 13:37) e o negou. Enquanto Jesus era levado para o matadouro ele gritou: “Eu não conheço esse homem” e ao ouvir o canto do galo teve que olhar nos olhos do seu amigo Jesus, antes de fugir e chorar amargamente (Lc 22:57-62). – Muitas vezes nos comportamos como se não conhecêssemos Jesus negando-o em atitudes e pensamentos, tentando bloquear a voz do Espírito Santo para fazermos nossas vontades, e Jesus aparece com seu olhar de amor e justiça para nos quebrantar.



Voltando ao velho barco
 Exceto João, todos se esconderam com medo de ir para a cruz, mas no domingo de manhã, algumas mulheres bateram desesperadas na porta da casa de Pedro dizendo que Jesus havia ressuscitado e no túmulo vazio um anjo pediu para “avisar os discípulos E A PEDRO” (Mc 16:7) para se reunirem. Pedro então chamou João e juntos constataram que a pedra estava removida e o túmulo estava vazio, logo se reuniram e muitos duvidavam até que Jesus surgiu no meio deles e mostrou a marca dos cravos em seu corpo. Eles Ficaram maravilhados, mas ainda com medo de ir para a cruz esperavam alguma palavra de Pedro, alguma atitude do líder, mas tudo aquilo aumentou o temor em Pedro, pois Jesus se mostra ainda mais Santo, levando o líder dos discípulos a tomar uma decisão retroativa: “Vou pescar, vou voltar para o meu velho barco, a pressão está grande e não sei se vou suportar esse ministério que Jesus me deu”, os outros que também estavam perdidos seguiram-no. Tudo começou quando Jesus emprestou o barco de Pedro para pregar, assim Deus nos tirou daquele velho barco, da velha vida, para não voltarmos mais atrás, se necessário Ele nos chamará pelo nome e nos fará andar sobre as águas, mas é necessário deixar o velho barco.




Mergulhando na graça
Pedro era cheio de defeitos, mas sua iniciativa era admirável, por vezes se arriscava sendo repreendido algumas vezes por Jesus, era reconhecido como um líder também na pesca, preparou seu barco e naquela noite deu aula de como jogar uma rede de pesca, mas ao recolhê-la não havia nenhum peixe, e passou a noite jogando a rede, Pedro até ficou nervoso e resolveu tirar a túnica, mas a rede voltava vazia, mostrando como ele se sentia por dentro, naquela madrugada viu que a vida não fazia mais sentido no velho barco, e começou a recolher tudo para ir embora quando o dia raiava, então ouviu uma voz: “Filhos”, era um homem na beira da praia, “vocês tem alguma coisa para comer?”, estavam a cem metros da praia e mesmo assim não reconheceram que era Jesus, cansados e decepcionados responderam: “Não”. O interessante é, por que o onisciente Jesus faz perguntas que já possui a resposta? Caim, onde está teu irmão? Elias, o que fazes aqui? Ezequiel, esses ossos podem reviver? Na verdade é sempre uma retórica para nos oferecer uma saída, dando direção e nos ensinando algo novo: “Lancem a rede à direita do barco”, Pedro teve um “dejavú” ao obedecer aquele homem, realmente aquilo se repetia (Lc 5:5), a rede ficou pesada de tantos peixes, e João, o discípulo que era mais íntimo do mestre reconheceu o homem: “É o Senhor”, e Pedro abandonou a rede, vestiu sua túnica e se lançou no mar para se encontrar com Jesus.  Será que temos buscado a benção ou o abençoador? A provisão ou o provedor? Precisamos reconhecer Deus, como verdadeiros adoradores buscando suas orientações, mudando nossa visão para o alto, Pedro mergulhou no mar da graça e do amor imenso de Jesus, e sua vida mudou ao reconhecer que podia ter tudo, mas sem Jesus não tinha nada por que Jesus é tudo.



Jesus não desistiu de você
Pedro estava ensopado e constrangido ainda, não conseguia falar, era difícil olhar nos olhos de Jesus novamente, sentiu um cheiro de peixe assado que fez seu estômago reagir, os outros discípulos chegaram com o barco cheio de peixes e Jesus os convidou para um café da manhã especial, até pediu para colaborarem com alguns dos peixes. Pedro prontamente buscou e deixou o velho barco para trás “prosseguindo para o alvo” (Fp 3:13-14). Naquela roda de amigos, o fogo o fez lembrar que negou Jesus a beira de uma fogueira, e chega a hora da restauração de Pedro quando Jesus o faz olhar nos olhos novamente e faz a tríplice pergunta: “Tu me amas?”, Pedro deve ter chorado muito ao ser confrontado “O Senhor sabe que eu te amo”, então Jesus legitima a liderança ministerial de Pedro reafirmando seu chamado: “Apascenta as minhas ovelhas”, dias depois Pedro liderou uma campanha de oração onde todos foram cheios do Espírito Santo no Pentecostes e ele cheio da graça e poder lançou a rede, não para pegar 153 peixes, mas 3.000 almas para o Senhor. Jesus não desistirá de você, Ele nunca desistiu, enfrentou o inferno na cruz, teve sede nesse inferno, e foi abandonado, desamparado por Deus Pai, foi até o fim e morreu, mas venceu e ressuscitou por que prometeu que nunca iria nos abandonar.



Conclusão

Não desista, prossiga, continue avançando, Viva o novo de Deus, Ele quer transformar tua visão, te capacitar e te fortalecer, te renovar, deixe o velho barco e cumpra o seu chamado, tome a sua cruz, em um novo e vivo caminho onde você nunca mais será o mesmo. Não retroceda (Hb 10:39), nenhuma noite dura para sempre, pois o Sol da Justiça brilhará eternamente.


Por Leandro Boer

sexta-feira, 11 de março de 2016

O Chamado 5.2, O outro Consolador

O Chamado 5
Dependência do Espírito Santo
Parte 5.2
O outro Consolador

Introdução
 Como mencionado na parte 5.1 é necessário conhecer o Espírito Santo antes de saber o quanto dependemos dEle, essa necessidade se dá pelo fato de que o conhecimento do Espírito Santo tem sido deixado de lado em nossas congregações, daí então se dá tantas heresias.


Texto Base João 14:16
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre;”

O que é Fé?
 Como ponto introdutório vamos falar um pouco sobre fé, diante de um tema tão longo se faz necessário falarmos um pouco a respeito deste assunto.

Em 1 Coríntios 12:9 diz que a fé é dada pelo Espírito Santo, ou seja, a fé não vem de nós, mas sim do Espírito, a fé é um dom, um presente de Deus, portanto o Espírito Santo é aquele que nos dá o dom da fé.


Diante disso vamos desmistificar algumas coisas a respeito deste assunto, em Lucas 17:5-6 os Discípulos fazem um pedido a Jesus dizendo, “Acrescenta-nos a fé”, então o Mestre responde, Se vocês tivessem fé do tamanho de um grão de mostarda diriam para esta amoreira: desarraiga-te daqui e planta-te no mar, e ela lhes obedeceria (Parafraseado pelo autor).


O que Jesus estava ensinando aos discípulos é algo que precisamos aprender em nossos dias, em nossas congregações existem campanhas de fé, congressos de fé e muitos outros eventos a respeito deste assunto, mas quase tudo o que ouvimos é uma fé totalmente mística e outras uma fé que “chama a atenção de Deus para fazer o que você quer que Ele faça”. Fé não é nada disso!


Fé é o que Jesus ensinou, não é o tamanho, mas sim em quem você crê, ou seja, não é o tamanho da fé, mas sim o tamanho de Deus, então se entende que não falta fé nas congregações, mas sim existe uma carência de conhecimento de Deus, há uma privação de saber quem Deus é em troca de um falso estímulo financeiro e material. Isso é muito triste!


Por isso antes de depender do Espírito Santo vamos conhecê-lo para então usarmos esta ferramenta poderosa que é a fé.


O “Outro” consolador
  No texto base lemos que Jesus enviaria outro consolador, esta palavra “Outro”, não esta falando de um ser inferior, mas sim o próprio Espírito Santo que é igual a Jesus.


 Em Atos 16:7 Paulo cita o nome do Espírito Santo como “Espírito de Jesus”, isso quer dizer que, ainda que diferentes, o Espírito Santo e Jesus são a mesma pessoa, assim como em 1 Co 2:14 cita o Espírito Santo como “Espírito de Deus”, também nos dizendo que os dois são o mesmo, não existe hierarquia entre Eles, pois os três é um, a santíssima trindade.


A questão é que a definição está na função de cada um, como falado a função do Espírito Santo é aplicar a salvação, é ele que convence do pecado, da justiça e do juízo.


O Termo “consolador”.
 Além do que abordamos acima John Stott nos esclarece algo tremendo dizendo que este termo “consolador” no original é “paracletos”, tratasse de um termo jurídico, indicando um intercessor, advogado ou defensor, sua função é dar testemunho de Jesus perante o mundo, é por isso que Jesus diz que o Espírito Santo virá para dar testemunho dEle, “Ele dará testemunho de mim”, “Ele me glorificará, porque há de receber do que é meu e vo-lo há de anunciar”.


Diante disso entende-se que o Espírito Santo o “paracletos” veio para dar revelações a respeito de Cristo a igreja e dar testemunho ao mundo que Jesus é o Cristo.


Conclusão:

 Com estes estudos a respeito do Espírito Santo temos o intuito de leva-los a buscar um maior conhecimento dEle, pois como já dito não podemos ser dependentes do Espírito Santo sem conhece-lo, e o que temos visto em nossos dias são heresias a sEu respeito, atribuindo bizarrices ao Santo Espírito, isso tem nos entristecido de forma profunda! Esperamos ter contribuído para o seu tão rico ministério!

Por Rafael Henrique